Loja de móveis de luxo faz sucesso ao vender somente produtos brasileiros

A dpot foi pioneira ao valorizar designers locais. Neste mês, a empresa abriu loja de 1000 m² nos Jardins

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Falavam que eu era louco”, lembra Sergio Buchpiguel sobre o início da dpot, que fundou em 1999. Engenheiro de formação, em 1988 ele foi trabalhar na loja de móveis da família, e onze anos depois, decidiu reposicionar a marca tendo como base uma aposta arriscada: vender só móveis feitos por designers brasileiros.

Na época o mercado era incipiente e poucas lojas trabalhavam com profissionais do país, nenhuma de forma exclusiva. “Olhava-se muito para o que era feito no exterior”, diz Buchpiguel. “Decidimos olhar para o que nós temos de bom: o DNA brasileiro, nosso charme, nossa bossa.” A ideia foi reeditar peças de profissionais consagrados que estavam esgotadas ou tinham produção reduzida.

A primeira coleção teve nomes de destaque do design nacional, como Sergio Rodrigues e Geraldo de Barros.  Apesar disso, sempre se esforçou para investir em novos nomes que despontavam no setor.

dpot (Foto: Divulgação/Fernando Guerra)
Fachada da nova sede da dpot, nos Jardins (Foto: Divulgação/Fernando Guerra)

O começo não foi fácil. O primeiro ano foi de prejuízo e as contas só foram ficar no azul a partir de meados de 2000. Desde então, a dpot se tornou referência na área e inspirou a criação de outros espaços semelhantes, tendo papel importante na revalorização do design brasileiro.

Nos últimos cinco anos, segundo o dono, a empresa cresceu entre 22% e 25%. Com 50 designers no catálogo e um portfólio de cerca de 500 produtos, que custam de R$ 1 mil a R$ 50 mil,  o antigo espaço ficou pequeno e daí surgiu a necessidade de uma nova sede, que foi inaugurada neste mês nos Jardins, em São Paulo.

O projeto, assinado pelo reconhecido arquiteto paulistano Isay Weinfeld, ocupa um espaço de 1000 m² na Rua Gabriel Monteiro da Silva. Ele foi concebido em 2012, quando o momento econômico ainda não era de crise.

Diante do cenário adverso, Buchpiguel mantém o otimismo. Mesmo menor, a expectativa ainda é positiva: o empreendedor prevê crescimento de 10% neste ano. “A gente sempre acreditou no Brasil e na capacidade do designer e do arquiteto brasileiro.”

Fonte: PEGN

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