Plataforma digital permite que usuários vendam ou aluguem vestidos de festa

A Guguta é um site que investe na economia compartilhada entre as mulheres

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A economia colaborativa e do compartilhamento está em alta. Há empresas de caronas, de aluguel de casas e de compra e venda de produtos usados. Pensando em oferecer uma proposta diferente nesse mercado, a advogada Andressa Torquato, 32 anos, e a consultora financeira Sabrina Coelho, 34, criaram a Guguta, plataforma online que permite a mulheres de todo o Brasil colocar vestidos de festa para alugar ou vender.

A inspiração para a criação da Guguta surgiu a partir da experiência pessoal das amigas. “Nós éramos vizinhas e compartilhávamos todo o nosso guarda-roupa. Quem é mulher sabe como é comum amigas dividirem todas as peças do armário. Por ser uma atitude muito sustentável, pensamos em aumentar a escala desse compartilhamento e criar um negócio no ramo”, diz Andressa.

A dupla percebeu uma demanda e oferta frequentes no universo feminino: mulheres que gastam muito dinheiro para comprar vestidos de festa e pessoas que ficam com essas peças paradas no armário, após usá-las uma única vez.  “É comum investirmos muito dinheiro em um vestido que será usado em um casamento, por exemplo”, afirma Andressa. Além disso, o consumo exacerbado do mundo da moda foi outra das motivações das empreendedoras. “A indústria da moda é uma das que mais estimula o consumismo e diminui os recursos naturais do planeta.”

Em 2015, a Guguta foi oficialmente lançada, mas ele só entrou no ar em julho deste ano. Andressa e Sabrina investiram R$ 45 mil para abrir a empresa.

A Guguta funciona assim: a usuária cadastra o vestido na plataforma, com foto e medidas da peça, e escolhe se quer colocá-lo para aluguel, venda ou ambos. A empresa não influi no preço que a vendedora deseja colocar, mas fatura 18% em cima do preço escolhido, além de uma taxa fixa de R$ 2,70, após a concretização do acordo. Para cadastrar o vestido no site, a vendedora não precisa pagar nada ao site.

Segundo Andressa, ainda não houve casos de danos em vestidos alugados. Contudo, a Guguta oferece condições de uso que exigem que a vendedora entregue o vestido já lavado e receba ele de volta ainda sujo para que ela escolha aonde prefere lavá-lo. Se a peça apresentar manchas ou rasgos que não são facilmente consertados, a vendedora deve fazer um orçamento e pedir para que a cliente pague. Em caso de danos irreparáveis, a cliente deverá pagar à vendedora o valor integral da peça.

Até agora, a startup tem 500 usuárias em todo o Brasil e 170 vestidos cadastrados. “A maior concentração de transições acontece no estado de São Paulo, mas também temos clientes em Brasília, Recife e Natal, entre outros”, diz Andressa. A Guguta prefere não abrir dados de faturamento.

Entre as metas da empresa estão lançar um aplicativo da plataforma e incluir acessórios de festa na venda e aluguel. “O mais interessante da Guguta é que, se um quarto das mulheres do Brasil colocarem seus vestidos de festa para circular, teremos 25 milhões de peças sendo reutilizadas pelas mulheres. Assim, menos recursos do meio ambiente serão consumidos e estaremos gerando uma economia sustentável e mais consciente nesse mercado”, diz Andressa.

Fonte: PEGN

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