Para driblar a crise, lojas e restaurantes estão apostando nos clubes de assinantes para fidelizar clientes e aumentar o faturamento.
Um pet shop eletrônico em São Paulo existe há 17 anos e ia muito bem de vendas. É prático.
Ração, brinquedos, remédio, fralda. Um clique e o produto vai pra casa. Muito bom, mas ficou ótimo depois de duas mudanças. A primeira deixou Milla muito feliz. Os pets dos funcionários são bem-vindos ao escritório.
A segunda mudança foi do ponto de vista empresarial. Os clientes passaram a assinar os produtos que compravam sempre. Nem precisa lembrar de clicar. O produto vai assim mesmo e com 10% de desconto.
De setembro do ano passado até agora, o número de assinantes passou de 4 mil para 10 mil, um aumento de 150%.
“Com o mesmo número de clientes, os clientes vem crescendo, mas com o mesmo número a gente consegue trazer mais vendas e mais faturamento para a empresa”, explica Luiz Fernando Guerreiro, diretor de tecnologia da Pet Love.
A empresa trabalha em três turnos para atender os pedidos e não é só aqui. Enquanto o comércio varejista tem sofrido com a crise econômica, os clubes de assinaturas passam por uma fase de crescimento.
De 2014 pra 2015, as vendas do comércio varejista caíram 4,3%, segundo o IBGE. Já os negócios dos clubes de assinaturas cresceram 40%, nesse período, pelos registros da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico.
O professor de marketing Silvio Laban explica que os clubes de assinatura oferecem uma experiência que vai além dos produtos.
“Pegando o exemplo dos clubes de maior volume, de vinhos e cervejas, por exemplo, quando você recebe a sua assinatura, você não recebe só o produto, você recebe também a história, qual foi o procesos de produção, então você usa o produto como um processo de aprendizagem”, afirma Silvio Laban, professor de marketing do Insper.
Esse clube de compra transforma o cliente em chef de cozinha e entrega em casa um kit refrigerado com uma receita muito bem explicada e todos os ingredientes de um prato gourmet.
Fonte: G1