Esta modelo pode te ensinar a transformar seguidores em vendas

    A modelo plus size Ashley Alexiss acumula também a profissão de empreendedora: com o sucesso nas redes, lançou sua coleção de biquínis

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    A modelo plus size Ashley Alexiss possui mais de seis milhões de seguidores nas redes sociais – combinando Facebook, Instagram e Twitter. Então, quando resolveu empreender, não teve dúvidas: aproveitaria a relação que tem com seus fãs virtuais para gerar vendas. Assim nasceu, no ano passado, a loja virtual de biquínis e maiôs Alexiss Swimwear.

    Seu mote? “Beleza não é um tamanho”. Segundo o próprio negócio, o público-alvo são mulheres que procuram roupas de banho divertidas, atualizadas com as tendências de moda, tecnologicamente adaptadas a tamanhos menores e maiores e com conforto e bom suporte às curvas.

    “Eu sou uma modelo plus size e faço muitos ensaios de roupa de banho e lingerie para clientes. Muitas vezes as pessoas que me seguem nas redes me perguntam: ‘Onde você achou essa peça? Eu nunca consigo achar uma que sirva para meu peito’. Então essa foi a ideia original -se eu consigo fazer essa peça se encaixar para mim, por que não fazer isso para todo mundo que tem o mesmo problema?”, conta a modelo à Entrepreneur.

    A ideia parece ter dado certo: nos últimos doze meses, duas mil peças foram vendidas e Alexiss recebe mensagens carinhosas das consumidoras.

    “Choro pelo menos quatro vezes por semana, ouvindo mulheres me dizerem que nunca vestiram uma roupa de banho e que eu as inspirei a encomendar uma. Eu criei a empresa exatamente para isso.”

    A Alexiss Swimwear quer se tornar uma marca reconhecida em até cinco anos. A ideia é que as mulheres vejam vitrines da loja e entrem para provar novas coleções, sem o medo que havia antes da entrada da marca.

    A modelo também está adquirindo conhecimentos teóricos em gestão para escalar o negócio: ao mesmo tempo em que administra a loja virtual, está cursando um MBA.

    Mas, afinal, como Alexiss transformou seus seguidores em vendas de verdade? Confira a seguir seus conselhos, compilados pela Entrpreneur.

    Conselhos vindos da prática

    A modelo conta que sempre se surpreende quando conversa com empreendedores e ouve que eles têm uma página no Facebook, mas não a usam tanto. “Por que não tirar vantagem de plataformas de marketing fáceis e gratuitas?”, indaga Alexiss.

    Seus conselhos podem ser resumidos em três aspectos: quanto, quando e o quê postar.

    Quanto postar?

    O quanto você posta é muito importante: é preciso manter um equilíbrio entre atualizar seus consumidores e não ser insistente demais.

    “O algoritmo do Facebook previne que seus posts se acumulem no feed de notícias dos seguidores, mas o Instagram não. Se você postar 10 vezes, começará a irritar as pessoas”, alerta a empreendedora. “Eu diria de duas a três vezes por dia, no máximo.”

    Quando postar?

    Além de prestar atenção na quantidade de postagens, é importante saber em quais horários o seu público – inclusive aqueles que você ainda pretende atingir – está online.

    “Se você quiser ser internacional, é preciso lembrar que, enquanto você dorme, boa parte da sua audiência está acordada e querendo saber o que você está fazendo”, diz Alexiss.

    “O Facebook é ótimo porque você pode agendar postagens. Também há ferramentas terceirizadas para agendar no Instagram e no Twitter, mas eu gosto de fazer tudo diretamente na plataforma, porque facilita responder os comentários. Sou do time que não dorme mesmo!”

    O que postar?

    Saber o que postar é algo muito pessoal, já que varia de acordo com o segmento em que você está inserido. No caso de Alexiss, ela ressalta sua intimidade na hora de dialogar com seus consumidores e futuros consumidores, de forma a criar engajamento.

    “Meu segredo é apenas colocar tudo para fora – o bom e o ruim. Eu descobri que muitas pessoas se identificam com os problemas que eu escrevo nas redes, quer seja o fim de um relacionamento ou simplesmente estar de mau humor. As pessoas se identificam, compartilham, seus amigos veem e também compartilham. É um efeito dominó”, escreve a modelo.

    E no Brasil?

    Você pode até fazer tudo que Alexiss recomenda – mas talvez esteja cometendo outros erros, muito comuns aos brasileiros, na hora de tentar fazer sua página empresarial gerar vendas.

    Um erro visto diversas vezes é pensar que apenas o número de curtidas importa. Essa é uma ideia dos primórdios das redes sociais: hoje, o mais importante é o engajamento dos seus fãs, e não o número deles.

    “Redes sociais não é quantidade, é qualidade. Não importa o número de seguidores, e sim se eles são reais, se eles se identificam mesmo com sua marca e se eles realmente consumiriam seu produto”, explica Celso Fortes, CEO da agência digital Novos Elementos.

    Depois disso, a maioria das falhas dos brasileiros se relaciona à terceira dica dada por Alexiss: o que postar.

    Dedique uma especial atenção à produção de conteúdo, porque essa é a chave para conduzir os usuários organicamente para a compra – no lugar de colocar tantos anúncios a ponto de irritar seu seguidor.

    “Tenha 80% de conteúdo relevante e 20% de conteúdo comercial”, aconselha Fortes. “Muitos empreendedores costumam criam uma página que só anuncia produtos e traz pouca informação. Você deve pensar, pelo contrário, em sua página como algo útil, que por acaso vende alguma coisa.”

    O bom tratamento do conteúdo deve acompanhar um bom tratamento aos que comentam na sua página – inclusive os reclamões. O especialista recomenda adotar uma postura de humildade em relação àqueles que fizeram seu negócio acontecer: os clientes. “Abra um canal de troca de informações e responda os comentários. Se eles foram críticas, responda de forma construtiva.”

    Por fim, a regra de todo bom investimento: não coloque todos os seus ovos na mesma cesta. Afinal, nada garante que o Facebook, o Instagram e o Twitter durarão para sempre. Por isso, faça como Alexiss e esteja presente em diversas mídias. “Fique antenado em novos canais que estão surgindo e pulverize seu conteúdo o máximo possível, adotando linguagens específicas”, finaliza Fortes.

    Fonte: Exame.com 

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