Como um fracasso da Pepsi ajudou a Pizza Hut e o KFC

A sua grande falha foi a Pepsi Crystal, uma bebida de cola transparente e sem cafeína. O produto chegou ao mercado originalmente em 1992 e se espalhou pelos Estados Unidos no ano seguinte

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Um grande erro pode influenciar muito mais que um acerto. Esse é o caso de David Novak, criador de uma bebida da Pepsi que fracassou.

Com isso, ele aprendeu lições de liderança que o ajudaram a liderar o crescimento da Yum Brands, dona do KFC e Pizza Hut, onde foi presidente de 1999 a 2016.

A sua grande falha foi a Pepsi Crystal, uma bebida de cola transparente e sem cafeína. O produto chegou ao mercado originalmente em 1992 e se espalhou pelos Estados Unidos no ano seguinte.

O refrigerante foi descontinuado pouco tempo depois do lançamento. Apesar de ter chamado a atenção e ter alcançado 0,5% do mercado de refrigerantes, não conseguiu atingir a participação planejada de 2% e nem fidelizar o consumidor.

Agora, a companhia está relançando o produto em uma campanha para avivar a nostalgia dos fãs da bebida, disponível por poucas semanas nos EUA e Canadá.

Novak disse ao Business Insider que essa foi “a melhor ideia de sua carreira” e também sua maior lição.

Quando a Crystal Pepsi foi apresentada para um mercado reduzido para testar a aceitação, ela foi um sucesso.

No entanto, os funcionários da PepsiCo levantaram uma preocupação: o gosto ainda não estava completamente correto. O sabor não era tão parecido com o da Pepsi, o que poderia deixar os consumidores confusos.

Novak falou que “os engarrafadores disseram que ‘a ideia é ótima e podemos fazer um grande produto, mas precisa ter um sabor mais parecido com a Pepsi’. Mas eu não queria ouvi-los. Estava expandindo a bebida nacionalmente, mas não os ouvi”.

O sabor do refrigerante não foi o único motivo para o fracasso – os concorrentes também lançaram bebidas transparentes e abafaram o produto da PepsiCo.

Mas, para Novak, a lição ficou. Quando ele se tornou CEO da Yum Brands, dona do KFC, Pizza Hut e Taco Bell, ouvir sua equipe foi uma de suas principais preocupações.

“Aprendi que você precisa reconhecer que, quando pessoas levantam problemas, elas podem estar certas”, afirmou.

Ele ainda disse que ouvir as ideias e sugestões dos funcionários pode fazer com que eles estejam mais engajados em achar uma solução. Reconhecimento dos funcionários é, inclusive, o tema de seu livro, “O Great On”.

O esforço teve resultado. Quando ele se aposentou, há um mês, a rede tinha 41.000 restaurantes em 125 países pelo mundo e mais de US$ 33 bilhões de valor de mercado.

Fonte: Exame.com 

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