O varejo que cresce 12% ao ano desde 2011: não existiu crise entre as farmácias!

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Olhando as ruas de praticamente todas as cidades brasileiras, um tipo de comércio se faz cada vez mais presente – as farmácias. Mas não se trata de apenas uma, são várias! Literalmente, podemos dizer que elas estão em “quase todas as esquinas”.  Muitos se perguntam, mas será que existem clientes para tantas farmácias? Ao olhar os resultados das vendas das principais redes, a resposta é sim, elas vendem muito e não faltam clientes.

Somente a maior delas, o grupo RaiaDrogasil, faturou US$ 3,4 bilhões, com uma previsão de crescimento de 16% este ano em comparação com o ano passado. Este ano também foi eleita como a empresa do ano na Melhores e Maiores da revista EXAME. A RaiaDrogasil deverá terminar o ano com a abertura de 200 lojas, meta atingida em 2016. A companhia foi criada em 2011 a partir da fusão entre a Droga Raia e Drogasil e já conta com mais de 1.500 filiais em todo o Brasil.

A segunda maior do mercado, as redes Drogarias Pacheco e Drogaria São Paulo, que desde 2011 formam o Grupo DPSP, cresceu 15% a cada ano e abriu mais de 500 lojas desde então. As duas bandeiras, que tinham 648 lojas em 2011, hoje têm 1188 pelo Brasil todo. Tem plano de abertura de 130 lojas até o fim de 2017, com investimento de cerca de R$ 100 milhões. As inaugurações devem se concentrar nos dez estados onde a companhia já atua. A empresa fechou 2016 com a receita líquida de R$ 7,9 bilhões, expansão de 13,8%.

Na rede de drogarias Pague Menos, com sede em Fortaleza – CE, a ordem é arregaçar as mangas e não pensar em retração. Com um ritmo de abertura de uma loja a cada três dias, somarão mais de 930 unidades em cerca de 320 municípios nos 26 estados e no Distrito Federal, devem terminar o ano com a meta de chegar a mil pontos de venda em 2017.

Desde 2011, os grandes grupos de farmácias do país apresentam crescimento constante na casa de dois dígitos. No ano passado, o setor movimentou R$ 35,94 bilhões em vendas, valor 12% maior do que o registrado no ano anterior. Para este ano, a expectativa é que o número, pelo menos, se mantenha, já que no primeiro semestre o grande varejo farmacêutico faturou R$ 19,32 bilhões, resultado 12,6% superior ao mesmo período de 2016. Pelos volumes, nesta dimensão, não existiu nenhum outro segmento do varejo que ostentou taxas de crescimento tão agressivas desde 2011 quanto os de farmácias. Nem a economia da China conseguiu!

Os números deste mercado definitivamente não são os números registrados pelo varejo em geral. A crise praticamente não passou por este segmento. Uma das explicações é que o mercado de drogarias tem sido mais resiliente e sente menos os impactos do atual momento econômico se comparado ao restante do varejo. Com o envelhecimento dos brasileiros, a expectativa de vida da população aumenta e as pessoas buscam mais qualidade de vida e bem-estar, e aí existe uma competição sadia em jogo, onde aquele que consegue entregar o melhor nível de serviço aos clientes acaba se destacando. Outro ponto importante no avanço do varejo farmacêutico é que o consumidor vê a farmácia não somente como um local para comprar medicamentos, mas como um estabelecimento que vende saúde e bem-estar. E além disto, a crise deu muita dor de cabeça nos consumidores, que para aplacarem, tiveram que recorrer…as farmácias!

Fonte: Mercado&Consumo

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