Comércio baiano tenta vender nas Olimpíadas o que sobrou da Copa

“Não tem clima algum de festa, só estamos tendo prejuízo no comércio. Só tive prejuízo durante a Copa, e não investi em produtos para as Olimpíadas, porque já sabia que teria mais prejuízo”, desabafou o comerciante Francisco Saleiro

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Os jogos olímpicos começam para Salvador amanhã, quando o torneio de futebol masculino terá os confrontos Coréia do Sul x Fiji e México x Alemanha, mas o comércio permanece com movimento fraco e pouca exposição de produtos relacionados à  Rio 2016. Para o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Salvador, Frutos Dia Neto, o evento não empolga tanto no aspecto de torcida, mas  se comparado com a Copa do Mundo de 2014, será mais favorável para o comerciante.

Em algumas lojas – a exemplo da Le biscuit, localizada no Comércio –, o estoque que não foi vendido durante a Copa está sendo colocado novamente nas vitrines. “Estamos reaproveitando as bandeirolas, chapéus, tudo que sobrou. Também estamos com rebaixa de preço, porque o consumidor continua retraído. Ainda não colocamos a loja no clima, com exposição forte, mas isso deve acontecer quando começar as Olimpíadas”, justificou o líder de vendas, Cristiano Silva.

“Não tem clima algum de festa, só estamos tendo prejuízo no comércio. Sem contar que a seleção brasileira não é a mesma de anos atrás, então nem anima o torcedor. Só tive prejuízo durante a Copa, e não investi em produtos para as Olimpíadas, porque já sabia que teria mais prejuízo”, desabafou o comerciante Francisco Saleiro, 53. A capital baiana vai sediar no total de 10 jogos olímpicos, mas ainda não está muito no clima da competição. Pelas ruas da cidade, pouco se ouve sobre o assunto.

Vendedora há mais de 30 anos, Cleonice dos Santos também não vê benefícios que eventos deste porte trazem para o comércio da capital. “O povo está muito desmotivado. No geral, quase não ouço comentários nas ruas sobre isso. Eu acho que o Comércio de Salvador não é beneficiado, principalmente porque a gente sabe que o turista vai mesmo para a Barra e o Pelourinho. Acho que esses eventos até prejudicam, porque a cidade fica sem pessoas nas ruas e lojas precisam fechar mais cedo”, pontuou.

A avaliação do presidente da CDL, as Olimpíadas serão mais favoráveis para os comerciantes, se comparada com a Copa do Mundo de 2014. “O período da Copa foi muito ruim, porque houve muito feriado. Além dos dias de jogos do Brasil, os dias em jogo em Salvador foram feriados, o que prejudicou muito o comércio. Este ano, felizmente, o prefeito foi sensível. Nós fizemos, junto com as demais entidades do comércio, um apelo que não houvesse feriado. E o prefeito acatou”, destacou.

Fonte: Tribuna da Bahia 

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