O mercado de moda infantil projeta crescimento em um cenário de crise: os pais deixam de comprar para eles para renovar o guarda-roupa dos filhos. A previsão é que o setor cresça 6% neste ano.

“Não tem crise para as crianças. Elas crescem e perdem suas roupas, então você não tem como adiar o consumo desses produtos. Você pode cortar gordura, menos brinquedos, menos produtos de ocasião, roupinha de uma festinha, mas as roupas vão sendo perdidas porque elas crescem”, afirma Marcelo Prado, diretor do Instituto de Inteligência de Mercado.

Mesmo sendo consideradas necessidade, as roupas infantis também ficaram um pouco de lado nos últimos três anos. O segmento apresentou queda de quase 4% nas vendas no varejo de 2016 em relação a 2015. O mercado até se abalou, mas não deixou a peteca cair. “Do ano passado pra cá, a gente sente aquela coisa do varejo… Tem mês que tá bom, de repente cai e aí volta de novo, porque as pessoas começaram a parar um pouco pra pensar, antes compravam mais por impulso”, conta a empresária Bruna Moreira.

Com as promoções de janeiro e as vendas feitas agora no inverno, a previsão é que o setor cresça 6% neste ano. Uma boa notícia para os empresários que sempre acreditaram no segmento.

O empresário Tico Sahyoun, por exemplo, criou uma marca de moda infantil mais moderna, com estilo de rock, um diferencial que atrai primeiro os pais e logo conquista os filhos: “O pai que gosta de música, de ver o filho bem, sabe que aqui vai encontrar um ambiente gostoso e um produto diferenciado. Acho que isso entra um pouco no drible da concorrência, que hoje tem muito da mesma coisa”.

A lógica de quem investe nesse mercado é a seguinte: os pais até deixam de comprar para eles, mas não deixam de comprar para os filhos. Eles podem até ter reduzido o número de peças, mas continuam gastando. “Eles estão mais preocupados com preço, qualidade, do que quantidade. Eles costumavam comprar três, quatro peças por uma eventualidade ou até por impulso. Agora, eles estão com mais critério”, relata o empresário Fernando Moreira.

“Como tudo na crise tem sempre o lado bom, o aumento do dólar, a dificuldade de ir para o exterior e o medo de gastar fez o brasileiro olhar um pouco mais para o mercado nacional. Principalmente no mercado infantil, que antes o brasileiro estava culturalmente habituado a comprar lá fora, ele começou a ver que aqui tem muita coisa legal”, afirma Tico.

CONSULTOR MARCELO VILLIN PRADO | IEMI – INTELIGÊNCIA DE MERCADO
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Fonte: G1

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