Vendas no varejo paulista têm 2ª alta consecutiva

Faturamento real atingiu R$ 46,9 bilhões, R$ 378 milhões acima ante 2015. No acumulado do ano, houve retração de 1,4% e em 12 meses, de 4,9%

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O faturamento real do comércio varejista paulista voltou a crescer em julho e atingiu R$ 46,9 bilhões – elevação de 0,8% em relação ao mesmo mês de 2015. Foi a 2ª elevação consecutiva na comparação anual, fato que não acontecia desde 2014, segundo a entidade.

No acumulado do ano, porém, houve retração de 1,4% e em 12 meses, de 4,9%. Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base em informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP).

Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, “os resultados positivos de julho consolidam a avaliação de que existe uma reversão do ciclo recessivo. Mesmo que os resultados não estejam embasados na melhoria dos determinantes básicos de consumo (renda e emprego), o que limita a expansão do comércio, há uma consistente recuperação nos níveis de confiança do consumidor nos últimos meses, precondição para permitir a saída de um cenário de baixa intenção de consumo.”

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) demonstra uma tendência de recuperação, registrando novo crescimento em setembro, desta vez de 25,1% em comparação ao mesmo mês do ano passado.

Regiões
Entre as 16 regiões analisadas, 11 apresentaram crescimento no faturamento em julho, na comparação com o mesmo mês do ano passado, com destaque para as regiões do Litoral (7,8%), Marília (7,3%), Araraquara (6,9%) e Sorocaba (5,3%). Já as regiões de Osasco (-6,8%), Guarulhos (-2,6%), Bauru (-2,5%) e São José do Rio Preto (-1,1%) foram as piores do mês.

Atividades
Das nove atividades pesquisadas, apenas três apresentaram crescimento em julho na comparação com o mesmo mês de 2015, porém, foram expressivas e suficientes para alavancar o faturamento de todo o varejo paulista: farmácias e perfumarias (11,5%), supermercados (7,6%) e o grupo outras atividades (5,2%). Essas três altas contribuíram positivamente para o resultado geral com 4,4 pontos porcentuais.

Em contrapartida, as maiores retrações foram registradas pelas lojas de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (-16%); lojas de móveis e decoração (-14,1%), concessionárias de veículos (-9,2%) e lojas de vestuário, tecidos e calçados (-9,1%). Em conjunto, essas quatro atividades pressionaram negativamente o resultado geral com 3,4 pontos porcentuais.

Expectativa
De acordo com a FecomercioSP, as projeções indicam que nos próximos meses o varejo tende a apresentar taxas de crescimentos mensais sucessivas, inclusive para dezembro, para o qual se espera uma taxa de crescimento de 2%. Se as projeções se concretizarem, o varejo paulista em 2016 conseguirá evitar mais um índice de retração de vendas anuais, o que era a expectativa traçada no final de 2015.

Para 2017, a entidade pondera que não se deve esperar níveis de vendas superiores aos de 2016, dada a profundidade da atual recessão e o tempo necessário para maturação de novos investimentos.

Varejo paulistano
As vendas do comércio varejista da capital paulista atingiram R$ 14,6 bilhões em julho, crescimento de 1,2% na comparação com o mesmo mês de 2015. Apesar da recuperação, nos sete meses acumulados do ano, o varejo paulistano apresentou queda de 1,8%, e no acumulado dos últimos 12 meses, de 4,1%.

Mesmo com o crescimento nas vendas em julho, apenas três das nove atividades analisadas registraram elevação no faturamento em julho, na comparação com o mesmo mês de 2015: farmácias e perfumarias (14%), supermercados (10,5%) e lojas de materiais de construção (8,2%).

No sentido inverso, as quedas foram observadas nas atividades de lojas de móveis e decoração (-16,1%); lojas de vestuário, tecidos e calçados (-9,1%); concessionárias de veículos (-8,1%), lojas de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (-6,6%), outras atividades (-3,7%) e autopeças e acessórios (-1,6%).

Fonte: G1 

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