Segundo os comerciantes, as moedas mais raras são as de R$ 0,05 e de R$ 0,10. A cuidadora de idosos Luciana Barros é um das pessoas que usa o cofrinho para evitar gastar. O objeto é aberto uma vez por ano por ela. “Eu tenho um cofrinho e só abro em janeiro. No ano passado eu tirei R$ 200. Dá uma tentação, mas não pode mexer”, diz Luciana.
Por causa de comportamentos como o de Luciana, supermercados e lojas resolveram apelar para facilitar o troco e fazem campanhas para incentivar os consumidores a gastar o metal precioso. Guardadas no cofrinho, as moedas não têm rentabilidade, mas trocá-las nas lojas por dinheiro ou por brindes pode ser um bom negócio.
Em um supermercado da zona sul da cidade, o cliente que trocar R$ 100 em moedas ganha um brinde. A ideia conquistou a professora Mônica Benedine Calil, que usa todas as moedas que tem em casa para pagar as compras.
“Eu quando tenho muita moeda, geralmente, no supermercado, eu já troco. Pesa na bolsa, então a gente tem que facilitar para a gente e para o vendedor”, diz Mônica.
Desde fevereiro, a loja administrada pela gerente Mariana Samaha optou pelos brindes para atrair as moedas dos clientes. Quem trocar R$ 100 em moedas, ganha um desconto nas mercadorias. “Para a gente ir ao banco é muito difícil, por causa do peso. Então, a gente prefere que os clientes tragam as moedas para facilitar o nosso troco”, explica Mariana.
Segundo a gerente, a “promoção” tem sido um sucesso na loja de importados. “Está dando muito certo, está facilitando e ajudando bastante”, diz.